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A pele tem olhos

História Natural dos Sentidos

O tato é o sentido mais antigo e o mais urgente. Se um tigre está apoiando suas patas sobre os nossos ombros, necessitamos sabê-lo imediatamente. Qualquer contato ou mudança num contato, por exemplo: um aumento de pressão, ativa no cérebro uma série de atividades. Quando tocamos algo deliberadamente (nosso namorado, o pára-choque de um carro novo, a língua de um animal), colocamos em movimento nossa completa rede de receptores táteis, acendendo-os por exposições de uma sensação e logo por uma outra.

O cérebro lê os acesos e os apagados como num código Morse e registra suave, áspero, frio.

Os receptores táteis podem ficar em branco simplesmente pelo tédio.

Quando colocamos uma suéter pesada somos agudamente sensíveis à sua textura, peso e sensação contra a pele, mas em pouco tempo já a ignoramos completamente. Uma pressão constante se registra no início e ativa os receptores táteis e depois os receptores param de funcionar. Por isso usar lã, ou um relógio de pulso, ou um colar, não nos incomoda demasiado, a não ser que a temperatura aumente ou o colar arrebente. Quando acontece qualquer mudança, os receptores lançam um sinal e subitamente nós tomamos consciência. As pesquisas sugerem que, mesmo havendo quatro tipos principais de receptores, há muitos outros dentro de um amplo espectro de respostas. Além do mais, nossa pauta de sensações através do tato é mais completa que um mero frio, calor, dor e pressão.

Muitos receptores táteis se combinam para produzir o que chamamos “uma pontada”. Pensemos em todas as variedades de dor, irritação; todas as texturas da carícia; todas as cosquinhas, golpes, beliscões, arranhões, palmadas, beijos, etc. Um arrepio numa piscina gelada num dia de verão, quando a temperatura do ar e do corpo são iguais. A sensação de uma abelha pousada na perna. Buscar com os olhos vendados um pote de geléia como parte de uma brincadeira num clube infantil. Tirar o pé da lama. A sensação da areia molhada entre os dedos. Uma mordidela num creme de uma torta. O prazer quase orgástico, mescla de estremecimento, dor e alívio que significa coçar as costas.

Algumas formas de tato nos irritam e deleitam simultaneamente. A umidade pode ser uma mescla de temperatura e ansiedade, por exemplo. Mas quando perdemos contato (o dentista nos anestesia; ou um braço fica dormente por falta de irrigação sanguínea), nos sentimos estranhos e alheios.

Como o tem demonstrado aquelas pessoas que são surdas e cegas, é quase possível arranjarem-se só com o tato, mas sem o tato o mundo se desfoca irremediavelmente, e pode-se perder uma perna sem sabê-lo, queimar a mão sem sentir ou perder a consciência de onde se termina o corpo e começa o mundo.

O tato nos “preenche a memória como uma chave detalhada de nossa própria forma”.

Um espelho não significaria nada sem o tato. Sempre estamos tomando-nos as medidas de modo inconsciente: passamos uma mão pelo antebraço, vendo se o aro que forma o polegar e o indicador pode circundar o pulso, ou se podemos tocar a ponta do nariz com a língua, ou ainda, apalpando a longitude da perna quando nos alisamos do tornozelo à coxa ao colocarmos uma meia de náilon, ou retorcendo nervosamente uma mecha de cabelo. Mas, sobretudo, o tato nos ensina que a vida tem profundidade e contorno: torna tridimensional nosso sentido do mundo e de nós mesmos.

Sem esse intrincado sentimento da vida, não haveria artistas, cuja habilidade está em fazer mapas sensoriais e emocionais, nem cirurgiões, que introduzem os seus dedos dentro do corpo.

MÃOS: MENSAGEIRAS DA EMOÇÃO

Ao longo da história, os adivinhos escolheram a palma das mãos como ponto de enlace simbólico entre a psique e alma, como a balsa que os transportava pelo tempo. Além do mais, a mão é ação, traça caminhos e constrói cidades, joga lanças e lava um bebê. Mesmo seus pequenos gestos (marcar um número de telefone, apertar um botão) podem mudar o curso da história ou fazer cair bombas atômicas sobre a gente. Quando estamos preocupados, desejamos que nossas mãos se consolem entre si retorcendo-se, acariciando-se, palmeando-se, como se fossem duas pessoas distintas. No início de um romance, o primeiro contato de um casal costuma ser pelas mãos, assim como os casais já estabelecidos, ao avançar juntos por suas jornadas, utilizam as mãos para criar uma ponte de ternura. Pegar as mãos de alguém enfermo ou muito velho é sedativo, e estabelece um elo emocional.

Há experiências que mostram que o simples fato de tocar a mão ou o braço de uma pessoa faz baixar a pressão. Em muitas culturas, as pessoas brincam obsessivamente com contas, pedras polidas ou outros objetos, e a onda cerebral que produz este passatempo é de uma alente acalmada por uma repetida estimulação tátil.

A mão se move com uma complexa precisão, sente com uma delicada intuição, indefinível, como o estão descobrindo os desenhistas de mãos robóticas.

Pensemos em todos os modos como nos tocamos a nós mesmos (e não me refiro à masturbação, “deflorar com a mão”), como tomamos os ombros com as mãos e nos acalentamos igual a uma mãe quando tranqüiliza seu filho; como escondemos o rosto nas palmas das mãos para ficar sós e rezar ou chorar; como levamos a palma à cabeça quando algo nos surpreende. O tato é tão importante em situações emocionais, que tocamos freqüentemente como gostaríamos que nos tocassem outra pessoa para nos tranqüilizar. As mãos são mensageiras da emoção. E poucos compreenderam seu intricado dever tão bem como Rodin. Eis aqui como descreveu Rilke a arte de Rodin na matéria:

Rodin fez mãos, pequenas mãos soltas que, sem formar parte do corpo, estão vivas de todo modo. Mãos que se elevam furiosas, mãos cujos cinco dedos crispados parecem ladrar como as cinco gargantas de Cérbero. Mãos em movimento, mãos cansadas que perderam todo o desejo e jazem como uma besta cansada em algum canto, sabendo que ninguém poderá ajudá-las. Mas as mãos são um organismo complicado, um delta do qual flui muita vida de fontes distantes. As mãos têm uma história própria, uma beleza especial; lhes concedemos o direito de ter seu próprio desenvolvimento, seus próprios desejos, sentimentos, humores e ocupações favoritas.

O TATO CURATIVO

O tato é um curador tão poderoso, que acudimos a quem o exerce profissionalmente (médicos, massagistas, cabeleleiros, professores de dança, pedicures, manicures e prostitutas) e freqüentamos empórios do tato (discotecas, gafieiras, etc).

Um médico não pode ajudar muito quando se tem uma alergia, um resfriado, ou algum mal menor, mas de todo modo vamos vê-lo para que nos toque, ausculte, acaricie, inspecione, manipule.

O mais óbvio dos usos profissionais do tato é a massagem, destinada a estimular a circulação, dilatar os vasos sanguíneos, relaxar os músculos tensos e limpar de toxinas o corpo mediante o fluxo da linfa.

A popular massagem “sueca” propõe toques amplos e em arco, sempre na direção do coração. O shiatsu japonês é uma espécie de acupuntura sem agulhas, usando o dedo (shi) para causar pressão (atsu). O corpo é dividido de acordo com meridianos, segundo os fluxos de energia ou força vital, e a massagem libera as passagens.

Na massagem “neo-reichiana”, que às vezes se usa em conjunção com a psicoterapia, os toques se fazem do coração para fora, com a finalidade de expandir a energia nervosa. A “reflexologia” se concentra nos pés, mas, como o shiatsu, também utiliza a pressão de pontos na pele, que aqui representam distintos órgãos. Supõe-se que ao massagear estes pontos ajudamos a funcionar melhor os órgãos correspondentes. No “rolfing” a massagem se transforma em uma manipulação violenta, às vezes dolorosa. Ainda que haja muitas técnicas diferentes de massagem, algumas escolas formais e muita teorização sobre o tema, os estudos têm mostrado que o mero contato carinhoso, independente de estilo, pode melhorar a saúde.

Na universidade de Ohio, um investigador realizou um experimento em que alimentou carneiros com dietas altas em colesterol, e acariciou metodicamente um grupo especial deles; os carneiros mimados tinham um índice cinqüenta por cento menor de arterioesclerose que os demais, não acariciados.

Um experimento na Filadélfia estudou as chances de sobrevivência de pacientes que haviam tido ataques cardíacos. Examinando um amplo espectro de variáveis e seus efeitos na sobrevivência, descobriu-se que o efeito mais forte era possuir animais de estimação. Não havia diferença se a pessoa era casada ou solteira: os donos de mascotes eram os que sobreviviam mais tempo. As carícias aos nossos animaizinhos – carícias que são tão calmantes e que podem ser feitas quase que inconscientemente enquanto fazemos outra coisa ou conversamos com alguém que tem um efeito curativo. Como disse um dos experimentadores: criamos nossos filhos numa sociedade \\\\\\\’não tátil\\\\\\\’ e temos que compensar com criaturas não humanas. Primeiro com bichos de pelúcia e mantas, depois com mascotes. Quando não há tato, começa o verdadeiro isolamento. Tocar é tão terapêutico como ser tocado; o curador, o doador de tato é curado ao mesmo tempo.

Na biblioteca da Universidade Purdue, uma bibliotecária realiza sua tarefa: entregar e receber livros. É parte de um experimento de tato subliminar, e sabe que a metade do tempo não deve fazer nada especial, e a outra metade tem que tocar a outra pessoa da maneira mais imperceptível possível. Roça apenas a mão de um estudante ao devolver sua ficha de leitor. Ao sair do edifício, o estudante deve preencher um questionário sobre a biblioteca. Dentre outras questões é perguntado se a bibliotecária lhe sorriu, e se o tocou. Na realidade, a bibliotecária não lhe sorriu, mas o estudante responde que sim, ainda que responda que não lhe tocou. O experimento continua durante todo o dia e os resultados são claros: os estudantes que receberam um contato que não notaram mostram mais satisfação com a biblioteca e com a vida em geral.

Pesemos o fato que somos criaturas territoriais que nos movemos pelo mundo como dentro de principados soberanos, o contato acalenta nossa alma, ainda que não o notemos. Provavelmente nos lembra a época, muito anterior à compromissos e trâmites bancários, em que nossa mãe nos acalentava e nos sentíamos seguros e amados. Nem sequer um contato que não notamos passa inadvertido para a mente subterrânea.

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A onda descansa nos braços do oceano

Satyaprem

Quantos pensamentos, não é?! E como fazer para pará-los? Não tem essa pergunta? Quem não gostaria de parar os pensamentos?… Pois trago algumas novidades em relação aos pensamentos. E… como fazer…

Quantos métodos já nos deram para pará-los? Você tem idéia? Pois eu não vou dar nenhum outro! E sabe por quê? Porque a novidade que trago é que não precisamos parar os pensamentos. A partir de hoje, convide-os a ficar. Deixem que eles fiquem. Diga-lhes: – Bem-vindos sejam os pensamentos! Vamos lá! Pensem à vontade!… Que venham a mim os pensamentos!!!

Isso, simplesmente, porque vocês não são os pensamentos. E você, quem você é em originalidade, radicalmente, não pensa! Você, quem você verdadeiramente é, não pensa. Você pensa que você pensa, porque você pensa que você é aquele que pensa, mas VOCÊ não pensa! Então convidem os pensamentos a ficarem.

Por que vocês têm brigado com seus pensamentos? Eles não são seus… Eles são apenas pensamentos! Como os sons dos carros que passam…Como os sons das vozes… E isso tudo é periférico a você. Imagina se, para você encontrar a paz, você precisasse que todos os carros parassem… E que todas as vozes se calassem… E todas as chuvas não chovessem… E todos os dias quentes, não fossem dias quentes… E todos os dias frios, não fossem frios… E todas as dores de barriga, não fossem dores de barriga… Assim, você teria uma possibilidade ínfima de realizar a sua paz interior. Eu acredito que, se pensarmos assim, nós estamos no caminho errado. Nós ainda estamos olhando para fora.

Provavelmente, todos vocês já tentaram parar os pensamentos… Já tentaram parar os carros… Já pensaram em ter uma casa na colina para encontrar a paz. E quando você foi para lá, não havia paz, tampouco! E se havia, era temporária… Então, nessa busca tem algo errado. E eu ainda arriscaria dizer que é a própria busca que está errada.

Alguém colocou na sua cabeça que você tem que buscar a paz, e você acreditou… Ainda porque, antes mesmo de dizerem isto, disseram que você não estava em paz. E você, de novo, acreditou! E daí, conseqüentemente, disseram para começar a buscá-la… E você começou a buscar a paz fora de você: se eu comer certos tipos de comidas… se eu praticar certos tipos de exercícios… Eu vou encontrar a paz! E até que, numa certa medida, relativamente, você encontra paz. Uma paz relativa! Até que algo acontecesse… Até que alguém pisasse no seu pé… Até que alguém virasse vinho no seu colo ou café quente na sua calça… Até que alguém gritasse com você… Até que alguém contradissesse você…Até que alguém fizesse algo que fosse inaceitável para você… E a paz que você tinha “conquistado”, foi-se! E aí, de novo você diz para si mesmo: eu não estou sendo perfeito! Preciso me aperfeiçoar… Preciso melhorar ainda mais a minha disciplina… Vou meditar mais! Ainda não foi suficiente o que fiz! Preciso fazer mais!… E você olha para si mesmo como um ser imperfeito, em necessidade de perfeição. E você tenta aperfeiçoar-se… Mas até quando? Até quando você irá buscar isso dessa forma? Será que você vai conseguir?… Será que não está faltando alguma coisa nisso?!

Você pensa: “mas eu vou comprar um livro novo que saiu. Parece que ali tem a chave!” E você vai, e compra o livro e o lê do início ao fim, tendo que voltar várias linhas, porque já esqueceu o que passou, e aí você lê de novo aquela mesma linha… E vai em frente, para a próxima página… E de repente você se encontra no meio da página, e você olha e não se lembra o que leu antes… E aí começa tudo de novo! E ainda chega ao fim do livro e se pergunta: “Onde está a tal chave?”

Será que você tem mesmo que buscar? E, em realidade, você sabe o que é que tem de buscar?… O que você está buscando não é uma idéia pré-concebida?… Uma idéia que alguém lhe deu de como é…Como deve ser… Como foi para ele. E você está procurando realizar aquilo que foi transmitido através de conceitos para você. E assim, mesmo que você estivesse de molho na sua realidade, no seu estado búdico, no seu nirvana, você não saberia! Simplesmente porque não vai coincidir com aquilo que você leu, ou com as idéias que você tem. Porque você lembra: “Parece que não se sente mais desejo!”… E está tudo muito bem, mas você ainda sente desejo. E agora? E então, lá vai você de novo, pois está faltando alguma coisa. Você pensa: “Disseram que não se sonha!”… Mas ontem à noite você teve um sonho. E lá vai você de novo, pois está faltando alguma coisa! “Está em algum outro lugar no tempo!”… “Está em algum outro lugar no espaço!”… E lá vai você atrás…

Até quando? Quando você vai entender algo desse processo? E a sua mente pode entender esse algo? Que algo é esse? Talvez até você já tenha entendido pelo que falei até agora. Só que para isso, há a necessidade de esvaziar o copo! Mas faça o seguinte: inclusive a idéia de esvaziar o copo deve ser esvaziada. Você tem que esvaziar o copo e tem que esvaziar a idéia de que tem que esvaziar o copo, ou que o copo está vazio, ou que há copo, e também a idéia de que há alguém esvaziando o copo… “Mas como se faz isso?!”… Não se faz!!! “E como eu não faço?”… E assim, novamente se volta ao fazer.

“Mas eu tenho que fazer alguma coisa, senão como é que vai ser?”… Oras!!! Vejam como tem sido! Vocês têm feito coisas incessantemente, inclusive sem fazê-las, pois não fazê-las é um fazer. Por exemplo: “Agora eu vou meditar!” E você senta, respira, observa sua respiração, seu terceiro olho, seu hara, a ponta das suas orelhas, a ponta do nariz… Aí terminou o tempo da meditação e novamente… E na verdade, não mudou nada! Só que antes você estava fazendo uma coisa e agora você está fazendo outra. Na verdade, qual é a diferença essencial entre fazer uma meditação e ler um jornal ou jogar futebol? Veja que, em essência, são fazeres… Apenas na concepção há diferença! Fazer meditação é mais “puro” que jogar futebol. Portanto, “eu me purifico enquanto medito, e não me purifico enquanto jogo futebol”… Isso é apenas uma concepção!

O que está faltando?… “Eu tenho que encontrar a Verdade!”… Vou fazer uma viagem aos Estados Unidos, ficar 21 dias no deserto, no Novo México, cantando com os coiotes… Ou fazer o Caminho de Santiago… Ou vou morar um ano no Himalaia… “Já vendi tudo e estou pronto!”… Será?!…

Tem a história de um iluminado, que antes de sua iluminação foi à outro iluminado e perguntou:

“- Isso que você tem, você pode me dar?”… E teve como resposta: “- Sim! Posso! E você, pode pegar?!”… Foi um brilhante jogo de palavras! Eu não tenho nada para dar, e você não tem que pegar nada. Nada!

“Onde está o erro?… Por que eu não encontro, se eu busco, busco, busco…” Mas você já parou para pensar que talvez a própria busca seja o erro?… Você já parou para pensar no que aconteceria se você parasse de buscar? E de novo, faço a mesma pergunta: Quem pararia de buscar, se não a mesma pessoa que estava buscando?… E qual a diferença essencial entre buscar e parar de buscar?

Como entender o que estou falando? Vamos lá! Diretamente! Se quando eu digo que, ao parar de buscar, você encontra; quem que pára de buscar?… A mesma pessoa que estava buscando… E assim permanece o fazer. Permanece a entidade que faz. Pois é! Onde está então a raiz disso tudo? A minha pergunta é básica!… E quantos de nós teve a coragem de olhar para a pergunta e tentar respondê-la?!… E quantos de nós sabe qual é a pergunta?… Quantos de nós sabe quem é essa entidade que busca?… Quem é essa entidade que entendeu que é para parar de buscar, e vai parar de buscar?… Quem sou eu?… Será que eu sei quem eu sou?… Eu encontrei a resposta para essa pergunta?… Eu realizei?… Eu me dei conta?… Quantos de nós sabe a resposta?… Se é que há alguma resposta!… E talvez tenha, mas não seja uma idéia que você possa conceber. Talvez seja algo inconcebível!… Talvez seja algo que você não gostaria de descobrir e por isso, você procura em todos os outros bolsos a chave, menos em um dos bolsos. Procura inclusive, nos bolsos de outras pessoas… Você viaja a procurar nos bolsos de outros lá longe… para ver se sua chave está lá. Você procura, inclusive, encontrar sua chave em lugares que você nunca passou… Mas naquele bolso, você não mexe!… Você não procura lá!… Porque talvez, você não queira saber o que é que essa chave contém, ou qual é que é a substância dessa chave, do quê ela é feita… Se é que ela é feita de alguma coisa… Ou ainda se existe mesmo uma chave!… Lembre-se! Tem um bolso que precisa ser olhado! Um único bolso falta ser olhado!… Em todos os outros você já tentou encontrar, e, se você observar, as pessoas ao seu redor já procuraram também em outros lugares, e não encontraram!…

Só tem um lugar para olhar, e ele começa com a pergunta: “Quem é você?”… E acredite! Você não é nada que você pense que você seja… Não importa o quão maravilhosa seja a idéia que você tenha de si mesmo… Ou horrenda, ou terrível, ou medíocre… Não é questão do adjetivo: a questão é do substantivo! Você não pode ser uma idéia, porque uma idéia pode ser repetida, e você é irrepetível!

Você não é algo que possa ser apalpado, que possa ser tocado… Qualquer idéia que eu te der, qualquer idéia que você receba, não é o que você é. Porque você é indefinível… E aí, você pode pensar: “OK! Já sei quem sou! Sou algo indefinível!”… Só que isso será mais uma idéia! Essencialmente, você não é definível e nem indefinível… Quem é você? E essa pergunta só pode ser respondida por você! Não pode ser respondida por mim, nem por um outro alguém… Mas tem que ser perguntado: “Quem sou eu?”

Quem é essa figura que pensa que pensa?… Quem é essa figura que pensa que tem que parar os pensamentos para chegar no Nirvana?… Que pensa que está sofrendo… Que pensa que está feliz… Que pensa, inclusive, que é um “eu”; que fala “eu” todos os dias: “Eu quero isso…”; “Eu quero aquilo…”; “Eu gosto disso…”; “Eu não gosto daquilo…” Esse “eu” que faz escolhas, e que existe apenas na fluição desses pensamentos, dessas escolhas…

“Quem sou eu?”… Parece complicado, mas é mais simples do que você possa conceber. Pelo simples motivo que você já é, e não tem como não ser. Você não pode encontrar a si mesmo, porque você é o que está buscando. Com a idéia que lhe foi dada, subentende-se que há alguém que busca, e que tem algo a ser encontrado. Tem um sujeito e tem um objeto! E você pode escolher quem você é: o sujeito ou o objeto. E, ainda assim, qualquer escolha que você faça, não é você!

De repente, você se depara com o vazio, com o indefinível, com o sem-forma, com o sem-nome, com o infinito… Que não pode ser medido, não pode ser percebido, sentido ou compreendido… E aí, você fica de cara com aquilo, e diz: “Não! Não pode ser isso! Isso é um desastre!”… Será que é mesmo um desastre?… E não tem como saber, a menos que você se confronte e veja por si mesmo… Especular antes de se jogar no abismo é vão! O meu convite é: Antes de pensar, jogue-se! Pense depois!… Esse abismo que estou falando é o abismo que você é! Confronte algo que de alguma forma as pessoas têm dito que é inacessível e amedrontador. E não esqueça que isso é uma idéia emprestada de alguém. A mente concebe a idéia de algo vazio como vazio, mas será que o vazio é vazio mesmo?… E se o vazio for cheio e o cheio que a mente concebe for vazio?!… Se você observar agora, verá que a experiência de cheio que a mente concebe é completamente vazia, ou não é?!… Você comprou o carro do ano e se sente cheio. Mas passa o ano e esse cheio se torna vazio.E você precisa de outro carro… E assim, o desejo enche de vazio a sua vida… Quem sabe então, o vazio enche realmente a sua vida?!… Questione-se! E não esqueça que o primeiro passo para esse vazio, é saber quem é você.

“Ah! Eu sou fulano de tal, engenheiro, filho do meu pai e da minha mãe…” Será?! Será que isso é você mesmo? Nossa! É tão simples e tornaram tão complicado, tão inacessível! O que é até entendível, porque o que fazem muito simples, você não valoriza. Se eu digo que depois que você encontrar a Verdade, você realizará milagres e poderá passear no Cosmos, aí é dado valor. Mas se a resposta é negativa, então você logo se questiona: “Ah! Então para que descobrir a Verdade?! Se não acontece nada! Se nada é mudado, se tudo permanece a mesma coisa… então, para que?” Daí, então, tornaram isso difícil; de modo que você acha que deve meditar um pouco mais, ou se preparar um pouco, ou que você precisa purificar seu corpo, sua mente, sua alma… Que você como está, está impuro. Logo, mais um ideal, mais algo idealizado, prorrogado para outro momento no futuro… E você ainda aceita com o “coração”. E daí você medita mais um pouco, e novamente se apresenta, e lhe é dado mais um outro problema. E mais uma vez é prorrogado…

Pode acontecer agora! Aqui! E de novo já posso ouvir sua mente tentando apreender o que foi dito: “Mas acontecer o quê?… Mas observe! Tem algo a acontecer? Te disseram que algo aconteceria, e você vive à espera de que algo aconteça. E eu estou mais uma vez repetindo: esse algo é uma idéia! Você não vai ver luzes e nem sentir uma explosão de êxtase… E você tem buscado quem você é, esperando por isso. Mas não se engane! Não há nenhuma idéia que se assemelhe àquilo que você é!

Na Idade Média, na Europa, existia um grupo religioso chamado “Os Irmãos do Espírito Livre”. Talvez uma das poucas tradições da Iluminação no Ocidente. E eles diziam o seguinte: “Você é deus. No mundo fenomenológico, você é uma manifestação, uma emanação de Deus, que, quando termina o seu período corporal, você retorna a Ele, e não existe nada a não ser Deus manifesto e o retorno.” Perfeito! Não poderia ser tão simples! Nem mesmo somos separados de Deus, se não uma emanação daquilo que está em descanso… Que emana-se, manifesta-se, e que quando termina o processo de manifestação, retorna! Assim como uma onda no corpo do Oceano. Que sobe, e desce… E terminou!

E agora? Quem é você? Você é a onda? Uma emanação? Em essência, qual é a radical pergunta, qual é a radical resposta?… Tudo o que existe é o Oceano! Não existe onda. Foi dado um nome a algo que é o próprio Oceano. E, quando foi dado um nome para aquilo, foi feita uma separação entre a onda e o oceano. E isso explica talvez você estar identificado com o seu nome, e a sua forma.

Descubra! Existe uma tendência em procurar no lugar errado. Você tem que perceber algo que não pode ser percebido, por você ser aquele que percebe. Não tem saída! Não tem para onde ir! Por isso, páre de buscar! Páre! Stop! Zera tudo! E não esqueça! Não é um zerar, pois não há alguém que zere. Não há nada fora do Todo, fora do Divino, da Essência, da Consciência…

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A mente do corpo

Marilyn Ferguson

“Algo que estávamos retendo nos fazia fracos até verificarmos que éramos nós mesmos.” – Robert Frost

Quanto mais aprendemos com a pesquisa do cérebro, mais compreensível se torna a ligação entre mente e doença. O cérebro comanda ou indiretamente influencia todas as funções do corpo: pressão sanguínea, batimentos cardíacos, reação imunológica, hormônios, tudo. Seus mecanismos são ligados por uma rede de alarme e ele dispõe de uma espécie de gênio sinistro, organizador de distúrbios apropriados a nossos mais neuróticos pensamentos.

A antiga expressão “escolha o seu mal” se aplica à semântica e aos símbolos da doença. Se nos sentirmos irritados podemos tornar literal nossa metáfora através de alergias. Há tempos fala-se de “coração partido” como resultado de um relacionamento desapontador, a pesquisa, agora, revela que há uma conexão entre solidão e moléstias cardíacas. Na pesquisa com animais, as doenças cardíacas tem sido provocadas pelo prolongado estímulo de uma região do cérebro associada a emoções fortes. A mesma região se encontra ligada ao sistema imunológico. Assim, o “coração partido” pode transformar-se em uma moléstia coronária; a necessidade de crescer pode resultar em um tumor; a ambivalência numa “dor de cabeça de rachar”; uma personalidade rígida em artrite. Toda metáfora é potencialmente uma realidade literal.

A capacidade do corpo de extrair sentido de uma nova informação, de transformá-la, é a saúde. Se formos flexíveis, capazes de nos adaptar a um ambiente em modificação, quer se trate de um vírus, umidade, cansaço ou polens da primavera, poderemos resistir a um nível bem alto de tensão.


Um conceito recente e radical sobre o sistema imunológico pode nos ajudar a compreender como o “médico interno” mantém a saúde e como ele falha. O corpo, através desse sistema, parece dispor de um modo próprio de “saber”, paralelo àquele pelo qual o cérebro sabe. Esse sistema imunológico é ligado ao cérebro. A sua “mente” tem uma imagem dinâmica do eu e uma impulsão no sentido de transformar os “ruídos” ambientais inclusive os vírus e alérgenos – em informações. Ela não rejeita certas substâncias ou reage a elas violentamente porque são estranhas, como se acreditava no antigo paradigma, mas por não fazerem sentido, por não poderem se encaixar no sistema ordenado.

Esse sistema imunológico é poderoso e plástico em sua capacidade de extrair significado de seu ambiente, mas como está ligado ao cérebro é vulnerável à tensão psicológica. A pesquisa tem demonstrado que os estados de tensão mental, como aflição e ansiedade, alteram a capacidade do sistema. A razão pela qual por vezes “contraímos” um vírus ou temos uma “reação alérgica” é porque esse sistema está funcionando abaixo do normal.

O câncer, é claro, representa uma falha do sistema imunológico. Em diferentes momentos de nossas vidas, quase todos temos células malignas que não se transformam num câncer clínico porque o sistema imunológico se encarrega delas eficientemente. Dos fatores psicológicos implicados no câncer, o mais evidente é a emoção reprimida.

Vários estudos verificaram que os pacientes de câncer tendem a guardar para si mesmos seus sentimentos e a maior parte não teve com os pais um estreito relacionamento. Acham difícil expressar sua raiva. Um estudo revelou que eles são conformados e controlados, menos autônomos e espontâneos do que aqueles cujos testes mais tarde vieram a se mostrar negativos. Uma cancerologista disse, a respeito dos seus pacientes: “Tipicamente, todos haviam experimentado uma lacuna em suas vidas, desapontamentos, expectativas que não se realizaram. É como se a necessidade de crescer se transformasse em uma metáfora física.”

Mágoas não expressas podem detonar uma patologia, inibindo o sistema imunológico. Um estudo demonstrou que a morte de um cônjuge resultava em uma queda no nível imunológico nas semanas subseqüentes. Um projeto de Boston verificou um índice de 60% de abortos em mulheres que engravidaram logo depois de haverem perdido um filho pela síndrome da morte infantil súbita. O relatório insistia em que tais mulheres desoladas “deveriam esperar até que o corpo não estivesse mais sentindo os efeitos do pesar”.

O CORPO COMO PADRÃO E PROCESSO

Com o passar dos anos, o corpo se torna uma autobiografia ambulante, falando a amigos e estranhos sobre as pequenas e grandes tensões de nossa vida. Distorções de funções, ocorridas após ferimentos, com a limitação dos movimentos em um braço ferido, se tornam parte permanente do padrão do corpo. A musculatura reflete não apenas velhos ferimentos mas também velhas ansiedades. Atitudes de timidez, e pressão, arrogância ou estoicismo, adotadas cedo na vida, se encerram em nosso corpo como padrões no sistema sensório motor.

No círculo vicioso da patologia corpo-mente, as linhas rígidas do nosso corpo contribuem para os processos mentais fechados. Não podemos separar o mental do físico, o fato da fantasia, o passado do presente. Assim como o corpo sente as aflições da mente, esta sofre com a insistente lembrança do corpo do que a mente costumava sentir, e assim por diante.

Este ciclo pode ser interrompido pelo “trabalho físico” – terapias que de forma profunda (e com freqüência dolorosa) massageiam, manipulam, relaxam ou de qualquer outra forma modificam o sistema neuromuscular, sua orientação quanto à gravidade, sua simetria. Tal transformação do corpo pode afetar com profundidade todo o circuito corpo-mente.

Assim como algumas psicotecnologias aumentam o fluxo da energia no cérebro, permitindo que novos padrões ou mudanças de paradigma ocorram, o trabalho físico altera o fluxo de energia no corpo, liberando-o das velhas “idéias” ou padrões, aumentando a amplitude de seus movimentos. A integração estrutural, o método de Alexander, Feldenkrais, Cinesiologia Aplicada, Bioenergética, Rolfing, Terapia Reichiana e centenas de outros sistemas iniciam a transformação do corpo.

A famosa frase de John Donne, “Nenhum homem é uma ilha”, é tão verdadeira com relação ao nosso corpo como à nossa interdependência social. Tardiamente, meio século depois que deveríamos ter nos valido da sugestão da física, a medicina ocidental está começando a reconhecer que o corpo é um processo – um turbilhão bioelétrico, sensível aos íons positivos, raios cósmicos, resíduos minerais em nossa alimentação, eletricidade disponível em geradores de energia.

A acupuntura e a acupressão, que estimulam determinados pontos sobre os meridianos precisos, mostram como até partes remotas do corpo se encontram ligadas. Quanto mais vemos os efeitos da acupuntura, melhor entendemos por que o tratamento isolado dos sintomas raramente alivia as doenças.

Somos campos oscilantes, dentro de campos maiores. Nossos cérebros respondem ao ritmo dos sons, às pulsações da luz, a cores específicas, as diminutas variações de temperatura. Quando nos empenhamos em uma conversa, mesmo que estejamos apenas ouvindo, entramos em uma sutil “dança” com a outra pessoa, movimentos sincronizados tão suaves que só podem ser detectados se filmados e examinados quadro a quadro.

Estímulos no ambiente afetam o crescimento e as ligações do moldável cérebro humano, desde os seus períodos críticos iniciais até os últimos dias – seu peso, nutrientes, número de células. Mesmo em pessoas idosas, o cérebro físico não perde um número mensurável de células se o ambiente for estimulante.

Se o corpo-mente é um processo, então a doença é um processo… Assim também é a cura, com sete milhões de glóbulos vermelhos do sangue deixando de existir a cada segundo, substituídos por outros sete milhões. Até mesmo nossos ossos são completamente reconstituídos em um período de sete anos. Assim como na dança da deusa Shiva, estamos de modo contínuo criando e destruindo, criando e destruindo.

Wallace Ellerbrock, ex-cirurgião e agora psiquiatra, disse:
“Nós, médicos, parecemos ter uma predileção por substantivos ao darmos nomes às doenças (epilepsia, sarampo, tumor do cérebro), e como essas coisas “merecem” substantivos como nomes, estão, obviamente, elas são coisas – para nós. se pegarmos um desses substantivos – sarampo – e o transformarmos em verbo, então teremos: “Sra Jones, seu garotinho parece estar sarampando”, o que abre as mentes, a nossa e a dela, ao conceito de doença como um processo”.

Ellerbrock tem tratado com êxito inúmeras moléstias ensinando ao paciente à confrontar e aceitar o processo – a prestar atenção. Numa experiência, Ellerbrock instruiu pacientes de acne crônica a reagir a qualquer nova erupção com uma atenção não-crítica. Poderia se olhar no espelho e dizer: “Muito bem, pústulas, ai estão vocês, exatamente onde deveriam estar neste momento.” Os pacientes foram instados a aceitar a acne, em vez de resistirem a ela com emoções negativas.

Todos os participantes sofriam com a acne, havia 15 ou mais anos, sem melhoras. Os resultados da experiência foram surpreendentes. Alguns pacientes ficaram livres das espinhas, por completo, em algumas semanas. Um processo ativo – medo, ressentimento, negação – vinha mantendo a acne.


A saúde e a doença não nos acontecem simplesmente. São processos ativos induzidos pela harmonia ou desarmonia interior, influenciados pelo nosso estado de consciência, nossa capacidade ou incapacidade de tirarmos partido da experiência. Esse reconhecimento traz de modo implícito responsabilidade e oportunidade. se estamos participando, ainda que de forma inconsciente, no processo da doença, podemos então optar pela saúde.

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A Linguagem do Corpo

Cristina Cairo

*UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FRASES DESTE LIVRO DA EXCELENTE ESCRITORA CRISTINA CAIRO

Pesquisadores e estudiosos sérios tentam constantemente provar a existência de outras forças atuando sobre o organismo. Sabem que em nossos vasos sangüíneos fluem propriedades semelhantes à eletricidade que os próprios médicos chamam de “Sistema Nervoso Elétrico”.

A ciência médica, cada vez mais, está admitindo que o ser humano é regido por uma espécie de eletricidade semelhante àquela que flui pelos fios de nossas casas.

O cérebro pode ser programado a acreditar somente no que é registrado no seu subconsciente.

Enquanto as pessoas buscarem a cura de suas doenças no corpo físico, continuarão soterradas sob uma avalanche de perguntas sem respostas, porque a doença não existe fisicamente, mesmo diagnosticada como existente.

O Vaticano e a Ordem Rosacruz possuem, trancados em seus cofres, os pergaminhos originais da época de Jesus Cristo, o que faz deles os grandes mestres dos “símbolos reais da salvação”. Mas, sabe-se que o Vaticano não transmite totalmente a verdade, restringindo-se, apenas, àquilo que lhe convém.

Ensinarei neste livro somente o que nos interessa sobre saúde, facilitando às pessoas a se autoconhecerem e a se conscientizarem do seu próprio poder de cura.

Você descobrirá como rejuvenescer, como melhorar sua estética, sua saúde e como realizar seus desejos através do seu inconsciente.

Passei anos de minha vida pesquisando para concluir que tudo se resume na simplicidade do pensamento. Para atingirmos nossos objetivos, pela mente inconsciente, devemos falar e agir com objetividade, criando frases curtas e direcionadas para o nosso interior. Portanto, a linguagem deste livro será sempre a mais leve possível.

Digo, com plena convicção, que o tempo não é o responsável pelas doenças e que a fatalidade não existe!

Afirmo que tudo depende do nosso próprio mundo interior, isto é, que nós geramos nesta vida o que inconscientemente achamos conveniente, independentemente de nossas vidas passadas. Tudo pode ser programado.

E o mundo é um grande espelho mágico! Atrairemos para a nossa vida aquilo em que acreditamos profundamente. Se acreditamos que determinadas pessoas são falsas e traiçoeiras, com certeza seremos atingidos por elas e, certamente, diremos: “Eu não disse? Não se pode confiar em ninguém!”. E assim nosso ego estará realizado.

Mas, se ao contrário, acreditarmos que, assim como nós, todas as pessoas buscam a felicidade, que também necessitam de compreensão, que também alimentam o medo de serem atacadas e trapaceadas, se acreditarmos que todos buscamos o mesmo objetivo e que, no final do túnel, todos procurávamos a mesma coisa, certamente seremos vistos da mesma forma e, pela lei da causa e efeito, seremos ajudados e benquistos.

Você pode ter e ser o que quiser, se conseguir acreditar que tudo é reflexo de si mesmo.

O corpo é a tela onde se projetam as emoções. E todas as emoções negativas são projetadas em forma de doenças.

O inconsciente relaciona universalmente a função do órgão a uma emoção equivalente.

A PNL estudou profundamente as reações do corpo e encontrou os canais de acesso à mente inconsciente. Assim desenvolveu uma comunicação com todas as partes do cérebro para buscar a raiz das doenças no âmbito emocional.

A PNL comprovou que, antes mesmo de um indivíduo verbalizar seus pensamentos ou sentimentos, o corpo, através do sistema nervoso, transmite movimentos musculares e oculares imperceptíveis. Essa comunicação não verbal pode trazer ao ser humano – como está trazendo – uma autocomunicação, o que quer dizer que, conhecendo-se a comunicação não-verbal própria e das outras pessoas, é possível entender os porquês de problemas de saúde ou pessoais.

Em última análise, está comprovado que através dos movimentos dos olhos, cor da pele, temperatura do corpo, ou movimentos sutis dos músculos, são reveladas as verdadeiras intenções de uma personalidade.

Ficou comprovado que doenças e infelicidades têm como causa a consciência de culpa e contrariedades profundas.

Dr. Luiz Miller de Paiva: “Muitos se perguntam como a mente é capaz de produzir doenças em outros órgãos. Simples. Basta recordar que o cérebro comanda todo o organismo por mensageiros químicos. O mesmo princípio explica como ele pode produzir alterações danosas nos demais tecidos do corpo. Mas, se a somatização muitas vezes é um mal menor, em alguns casos poderá estar na raiz de problemas sérios do caráter da pessoa”.

É possível analisar a situação familiar, profissional, amorosa, etc., de uma pessoa, apenas conhecendo sua doença.

(…) A partir desse quadro, passe a ter cautela e maior senso de observação, tanto para a sua vida particular, quanto para a vida de seus colegas e familiares. É muito importante respeitar o pensamento de reserva de outras pessoas! Portanto, se desejar conferir esse ensinamento, faça-o sem imposições e com sutileza.

Doenças, acidentes ou problemas são toques do inconsciente.

Doenças ou acidentes no lado direito (yin) do corpo:
Na mulher (yin), significam:
Conflitos com outras mulheres: mãe, sogra, patroa ou outra mulher que exerça poderes sobre suas emoções.
Autocobrança excessiva (lembre-se, o lado direito simboliza mulher).
Inflexibilidade consigo mesma.
Culpa consciente ou inconsciente.

No homem (yang), significam:
Conflitos com mulheres, ou situações problemáticas arquivadas e não resolvidas: mãe, sogra, patroa, esposa, filha ou outra mulher que exerça poderes sobre suas emoções.

Doenças ou acidentes no lado esquerdo (yang) do corpo:
Na mulher (yin), significam:
Conflitos com homens ou situações problemáticas arquivadas e não resolvidas com o sexo masculino: pai, sogro, patrão, marido, filho ou outro homem que exerça poderes sobre Suas emoções.
Pode ser mágoa, ressentimento, ódio, ciúme, sentimento de vingança secreto, etc.

No homem (yang), significam:
Conflitos com outros homens ou consigo mesmo: conflito com pai, sogro, patrão, funcionário, filho ou outro homem que exerça poderes sobre suas emoções.
Autocobrança (lembre-se, o lado esquerdo simboliza homem).
Inflexibilidade consigo mesmo.
Culpa consciente ou inconsciente.

Para que nosso corpo fique livre dessas psicossomatizações é necessário que haja uma auto-reflexão sincera e um reajuste na harmonia entre yin-yang, ou seja, devemos conhecer os motivos que outras pessoas tiveram para estar em conflito conosco.
Descubra o motivo desse desequilíbrio e reconcilie-se com você mesmo e com as outras pessoas, mesmo que elas estejam em outro plano cósmico. É importante estarmos de bem com a nossa consciência.

Apesar de surgirem cada vez mais médicos e remédios no mundo, as doenças aumentam em vez de diminuírem. Esse fato estranho deve-se à excessiva preocupação das pessoas com seu corpo. Os médicos nem sempre são culpados. Mas há aqueles que, por razões que não nos cabe julgar, levam seus clientes a acreditarem que estão realmente doentes, ou que poderão vir a ficar, caso não se preocupem com o seu corpo. Conseqüentemente a humanidade fica com o organismo cada vez mais frágil. Receitam, por exemplo, uma dieta rigorosa com base em estudos meticulosos do índice de calorias, vitaminas, etc., dos alimentos. Em vez de ensinarem aos seus pacientes a busca de seu equilíbrio emocional, transtornam ainda mais suas emoções pelo sentimento de culpa que é gerado no indivíduo ao tentar seguir rigidamente essas tabelas alimentares.

Quando as pessoas não conseguem cumpri-las por alguma razão, logo se desesperam e tornam-se ansiosas pelo nervosismo e autocobrança. E quem consegue seguir, perfeitamente, essas tabelas de calorias e vitaminas, hoje em dia? E, ainda mais, com o avanço da bacteriologia, os médicos tornaram-se muito exigentes quanto à esterilização dos alimentos, entretanto, se fervemos ou cozemos os legumes para eliminar os micróbios, será destruída a vitamina C; e se quisermos preservar essa vitamina, não poderemos eliminar as bactérias. Ficamos, pois, numa situação muito difícil. Há pessoas que, por temerem profundamente a contaminação ou intoxicação, seguem à risca todo tipo de cuidados, até mesmo perdendo sua liberdade de agir e pensar.

Se até os ”experts” no assunto divergiam entre si, que dizer dos leigos que procuravam a verdade alimentar para viver melhor? Mas, as divergências sobre a alimentação sempre existirão. Portanto, se dermos ouvidos a cada uma dessas opiniões, ficaremos realmente neuróticos.

Muitas doenças surgem devido ao sugestionamento e associação de idéias, que essas divergências de opiniões acabam provocando nas pessoas. Quanto mais nos preocuparmos com regras alimentares, maior será o medo de errar e, psicologicamente, estaremos entrando num labirinto, com a expectativa de encontrarmos uma doença em cada saída.

Não devemos ter excesso de preocupação com o que comer, porque nossa intuição natural sabe o que nosso corpo necessita. Para que tenhamos saúde, é preciso compreender que o ser humano não é feito com ”material de segunda”. A natureza criou o ser humano à sua imagem e, portanto, organizado e completo para se recuperar com a energia vital nata.

Um exemplo de influência negativa a respeito do corpo humano é induzir uma gestante às vésperas do parto, através de orientação médica e conselhos dos mais velhos, providenciar “certos remedinhos que serão necessários” para a saúde da criança. Ora! Isso mostra o quanto a humanidade está presa ao conceito de doença desde o nascimento. A criança já vem ao mundo “informada” sob os cuidados para evitar as doenças e, lamentavelmente, são poucas as pessoas que acreditam na força da energia vital, que dispensa qualquer remédio.

A liberdade de movimentos, a despreocupação com regimes e o equilíbrio das emoções traz ao ser humano a satisfação de viver e descobrir que seu corpo não precisa de nada para continuar a vibrar as energias já latentes. É a própria mente que destrói o que a Natureza cria com perfeição.

O corpo é o reflexo daquilo que acreditamos e não poderá existir doença se não acreditarmos nela.

Ver a doença e considerá-la realidade é o mesmo que considerar realidade a sombra do nosso próprio corpo refletida no chão. Ela está ali, mas é apenas um reflexo e não nosso corpo. Se sua sombra o incomoda, não lute contra ela. Descubra qual é o foco de luz que está sobre você e desligue-o. A sombra com certeza desaparecerá.

O mesmo poderá ser feito com relação à saúde. Se a doença persiste, descubra qual é a emoção negativa que você vem alimentando em seu coração e “desligue-a” de sua mente, que a somatização desaparecerá.

Seja qual for a doença, saiba que sua gravidade eqüivale à gravidade de seu sofrimento mental sobre o passado, sobre o presente ou preocupações relacionadas ao futuro.

Esses estudos foram realizados no decorrer dos últimos cinco mil anos. Portanto, quero deixar claro que não estou criando polêmicas, nem tampouco interessada em críticas. Desejo, apenas, que as pessoas se salvem de “suas doenças” e que comprovem, em si mesmas, o que comprovei em minha vida e na vida de mais de dez mil pessoas que atendi até esta data.

Pare imediatamente de julgar e criticar os defeitos alheios, pois esta é uma falha de caráter que provoca vários distúrbios orgânicos. Faça uma “forcinha” e elogie mais as pessoas.

Quando analisamos os movimentos do corpo ou o funcionamento de cada órgão, percebemos que carregamos diferentes sentimentos para diferentes movimentos do nosso corpo: o desejo de mover os dedos faz com que movamos os dedos; o desejo de expressar uma opinião faz com que abramos a boca para falar e, assim, tudo é naturalmente dirigido pelo desejo consciente de realizar algo.

Mas, existem os desejos inconscientes, que também fazem com que o cérebro impulsione energia para mover ou imobilizar partes do corpo. Como exemplo disso temos muitas paralisias musculares psicossomáticas ocasionadas por um desespero de causa e pelo sentimento de “fim de estrada”, que ocorrem quando o indivíduo percebe que não tem saída ou solução para algum problema pessoal. A tensão nervosa chega a paralisar seus membros e até a fala.

Cabeça
A cabeça está relacionada com a razão. Quando o indivíduo não permite que as emoções o guiem e tem pressa de resolver alguma questão pela própria razão, precipitam-se problemas ou acidentes em sua cabeça. Seu inconsciente está lhe mostrando que, por mais inteligência que possua, a cabeça tem limites.

Tumores no cérebro indicam não só pensamentos negativos, “coagulados” e enraizados pela teimosia em não querer mudar esses conceitos, mas também conflitos profundos e constantes entre os familiares. Quando estes tumores ocorrem em crianças, eles indicam que os pais, que são yin e yang, estão em atrito extremamente racional. Buscam a própria razão, acreditando teimosamente em fatos antigos e negam-se a renovar seus conceitos. Isto vale ainda para atritos e conflitos ou ressentimentos guardados de avós, mesmo já falecidos.
Sentimentos repentinos de traições devidos à desconfiança e falta de emoção afetiva para com pessoas estranhas causam também rigidez cerebral e tumores.

Muitas vezes a educação familiar programa a criança no sentido intelectual. Negam-lhe o direito de ser criança e proíbem-na de ser livre para escolher. Tratam-na sempre de forma a desenvolver o máximo de seu raciocínio através de jogos, de estudos avançados e de conversas com adultos. Vestem-na impecavelmente e as suas amizades são sempre do melhor nível econômico ou intelectual possível. Isso faz com que a criança não se conheça interiormente e os problemas emocionais futuros serão para ela sensações inexplicáveis e desesperadoras.

É importante saber que as crianças refletem os sentimentos dos pais até os 14 anos de idade – até os 7 anos refletem as emoções da mãe e até os 14 anos refletem as emoções do pai.

É perdoando, renovando e dando à sua mente uma abertura maior para aceitar idéias de outras pessoas que qualquer tumor desaparecerá e que você estará livre de acidentes e ferimentos na cabeça.

A revolta, a desconfiança e a falta de dedicação aos superiores provocam doenças na cabeça.

Ninguém nos agride, nos trai, nos abandona ou nos rouba, sem que tenhamos, consciente ou inconscientemente, provocado tais comportamentos. Mesmo em se tratando de acontecimentos vindos de pessoas estranhas, nosso poder de atração é o responsável por isso.

É difícil entender como podemos “ser semelhantes” às pessoas que nos fazem mal.


Sempre temos algo em comum com quem nos faz infeliz. Se abandonarmos o sentimento de vergonha, os preconceitos e o orgulho, encontraremos estreitos laços com esses acontecimentos ou com essas pessoas.

Quando a doença não desaparece, nós sabemos que a pessoa não perdoou.

Se você ignorar o acontecimento e olhar a outra pessoa com carinho e bondade, sentindo o coração livre e com esperanças renovadas, saiba, então, que você perdoou verdadeiramente.

De nada adiantará rezar e suplicar pela cura se seu coração está bloqueando a energia vital, mantendo vibrações opostas ao bem.

Doença não existe! Saúde é o estado normal das pessoas!

Doença é apenas uma nuvem de mau tempo dentro de sua cabeça que perdura enquanto perdurar sua mágoa, seu ódio, seu medo, etc.

Faça como as crianças que vivem aquilo que imaginam como se fosse real.

Se você não sabe perdoar, também não é digno da saúde que procura!

Enxaqueca e dor de cabeça
Os indivíduos que sofrem de enxaqueca têm um orgulho muito forte e não permitem que pessoas autoritárias mandem em sua vida ou controlem seus passos. Resistem a tudo e a todos que, conforme eles acreditam, queiram invadir seu espaço vital. São pessoas que não relaxam aos prazeres, pois receiam serem dominados de alguma forma. Normalmente têm medo do sexo ou de suas conseqüências, devido a limitações morais, familiares, etc.


Quando surgir uma dor de cabeça, pare e reflita sobre o que está acontecendo ao seu redor. Será que alguém ou alguma situação contrariou você? Ou talvez você tenha se sentido desconsiderado(a) por alguém um tanto importante de quem você esperava maior consideração.

Seja o que for, pense sobre a sua própria conduta e veja o quanto você está sendo inflexível consigo mesmo(a) e com os outros. Aceite docilmente o que aconteceu e se proponha a mudar o seu caminho através de seus ideais e você vai ver como a dor irá desaparecer. Acredite que qualquer dor de cabeça é sinal de um orgulho muito forte, conforme já expliquei, e para acabar com ela é preciso modificar os seus pensamentos exatamente no momento da dor. Tudo é uma questão de exercício e de flexibilidade. Tente, pelo menos uma vez, acabar com a dor sem o auxílio de remédios. Esqueça o medo e apenas reconheça o quê ou quem contrariou você e desarme-se procurando uma boa maneira de mudar sua vida para melhor.

Veja alegrias em ambientes que você não gosta de freqüentar e não resista à contrariedade que o fez entrar neste ambiente. Experimente se soltar e se divertir mais, em vez de negar e criticar as opiniões diversas das suas. Lembre-se de que sua carência e seu desejo de receber amor e carinho aumentam quanto maior forem a sua inflexibilidade e o seu orgulho. OK?

Derrame cerebral
É sinal de um gênio difícil e reflete uma pessoa que prefere a morte a ter de mudar seu comportamento, que resiste, rigidamente, em suas opiniões, crenças e condutas. O derrame mostra que a pessoa vive tensa e teimosa em suas observações e críticas e constantemente atrita com outras pessoas, sobrecarregando seu cérebro com pensamentos e emoções fortes.

Não queira ser o dono da verdade! Solte esse “método” de conseguir a atenção das pessoas para si.

Não é somente o mundo que necessita de mudanças: você também necessita. Não é demérito para ninguém aceitar, humildemente, idéias e opiniões de familiares e de amigos. Somos amados pelo nosso carisma e não pelos atritos que criamos. Não é possível que você aprecie o sentimento de dó que as pessoas passarão a sentir por você! Cresça e deseje ser feliz com seus próprios sonhos e liberte as pessoas para que sigam seus caminhos, como prova de seu verdadeiro desprendimento e confiança.

Epilepsia
É o extremo da confusão mental. É uma espécie de paranóia na qual a pessoa sente-se perseguida e completamente assustada com a vida, não conseguindo mais sentir as satisfações que o mundo lhe oferece porque está sempre rejeitando a vida.

Muitos ataques de epilepsia são causados quando a pessoa perde o controle dos sentimentos e sua cabeça começa a gerar pensamentos negativos. Ela sente vontade de fugir para acabar com tudo que a assusta.

Elogie as pessoas, diga frases alegres e carinhosas, pense sempre no melhor e aja com calma em suas decisões e opiniões.

Olhos
Se sua visão enfraqueceu e você já não consegue ler ou enxergar como antes, ou mesmo se você trouxe essa deficiência desde o nascimento, está na hora de refletir sobre seus pensamentos e atitudes passados. Consulte o “arquivo” das emoções e procure aquele sentimento de recusa e inflexibilidade em acreditar que tudo pode mudar.
Provavelmente, algum fato, ou a própria vida o feriu, fazendo com que você prefira não ver tal ou tais coisas ou pessoas que o fizeram sofrer.
Você diz que já esqueceu o problema e que até já perdoou. Entretanto, seu inconsciente não mente e você pode estar sendo vítima de sua consciência orgulhosa. Há muitas maneiras de “negarmos” a visão:
– quando estamos em estado de depressão constante;
– quando um fato desagradável em família nos “cega” de raiva ou ressentimento;
– quando passamos certos momentos, em nossa vida, que não nos agradam, ou teimamos em não ver o outro lado das questões;
– ou, mesmo, quando não queremos mais cruzar com a pessoa ou situação que nos atormentam, etc.

Para exemplificar, vou contar um fato.
Certa ocasião, conversando com uma mulher que havia perdido a visão repentinamente ouvi dela que ficara cega do olho esquerdo por causa do rompimento do nervo óptico – segundo diagnóstico dos médicos. Perguntei-lhe há quanto tempo o fato havia acontecido. “Há cinco anos”, respondeu-me. Passei, então, a fazer-lhe novas perguntas para que eu, através de suas próprias respostas, pudesse auxiliá-la em sua reabilitação.

Perguntei-lhe se guardava mágoa de alguém ou não queria ver algum homem que lhe fizera tanto mal. Ceticamente respondeu-me que não tinha problemas com homem algum. Resolvi ir mais fundo e direto na questão: perguntei-lhe qual o fato marcante que lhe ocorrera há cinco anos… envolvendo algum homem.

A essa pergunta sua reação foi imediata: deixou vir à tona suas emoções escondidas. Era o que eu buscava. Ressentida, revelou-me que naquela época seu pai havia falecido e que isso fez com que ela sofresse muito. As cenas descritas e a seqüência de detalhes sobre a morte de seu pai mostraram-me que carregava em seu coração o trauma de sua perda. Disse-lhe, então, que enquanto ela não perdoasse o pai por tê-la deixado e não passasse a aceitar os acontecimentos da vida com compreensão e gratidão, sua vista não voltaria ao normal.

É muito fácil para a mente restaurar um nervo óptico! Difícil é mandar uma mensagem simples e direta para que ela trabalhe objetivamente, pois a mente consciente desconhece que a comunicação com a mente subconsciente deve ser clara e simples.

Todo e qualquer esforço no sentido de exteriorizar a força interior através de rituais, alegorias, frases longas, orações, etc., esbarra na dificuldade da realização total, ou seja, quanto mais complicamos a mensagem que deve ser dirigida à mente subconsciente, menos ela assimilará o objetivo que você deseja.

Ela responde com maior rapidez às frases simples, curtas, objetivas, firmes (positivas) e coerentes com as emoções.

Para sua mente inconsciente, basta pensar com emoção e crença para que ela se manifeste psicossomaticamente ou através do ambiente em que vivemos.

Basta ser coerente com o pensamento-emoção e lá estará, trabalhando imediatamente como o “gênio da lâmpada”, realizando todos os seus desejos.

Queira ver! Deseje ver! Faça amizade com seu ego e elimine a vaidade extrema, o orgulho, o medo, que “proíbem” o ser humano de ver o que tem de ser visto.

Pare de se incomodar com as coisas feias da vida. Pare de comentar a parte feia do mundo, o que há de errado na política, na família e com os amigos e colegas. Observe o mundo, veja como ele sobrevive pelas coisas boas e aprenda a conviver com as más, usando-as como experiência e ferramenta para cavar mais fundo a jazida das coisas boas do seu coração.

Não é criticando o lado ruim das pessoas que você fará com que elas mudem. Pelo contrário: é elogiando suas boas intenções e seus pequenos atos corretos que as fará melhorar. Todo ser humano deseja ser elogiado e tende a não aceitar críticas, proibições e não melhora, às vezes, por simples orgulho ferido.

Tudo aquilo que pensamos torna-se realidade, mais cedo ou mais tarde. Então pense somente em coisas boas.

Miopia
(…) pessoas míopes não conseguem aceitar fatos e determinados acontecimentos que saiam fora do alcance de sua crença. Normalmente enxergam “curto” quanto a determinados problemas e nunca reconhecem que são radicais em suas posições.

Os míopes, por não se deixarem envolver por idéias adversas, concentram-se no que sabem fazer e, naturalmente, entendem muito bem do assunto a que se dedicam.

A miopia manifesta-se em pessoas egocêntricas que não se importam com os outros ou não aceitam facilmente opiniões alheias. Na verdade são pessoas que possuem uma visão muito estreita do mundo e enxergam somente seus próprios problemas particulares e vêem apenas os aspectos imperfeitos das pessoas e coisas. Miopia é vista curta.

Solte-se para a vida e veja como você pode crescer ainda mais e abandonar, definitivamente, os óculos sem precisar de cirurgia.

Hipermetropia
Os hipermétropes não conseguem focalizar objetos muito próximos.
(…)
Pessoas com este tipo de problema têm medo do presente. Poucos percebem este fato porque o presente lhes passa despercebido. Na verdade vivem das sensações do passado, preocupando-se com o futuro. O indivíduo que não toma decisões rápidas, está sempre vivendo o futuro e não se dá o direito de aproveitar o presente torna-se hipermétrope como reflexo de seu modo de pensar.
(…)
A hipermetropia é o reflexo da mente que só consegue ver longe, isto é, de quem vive se preocupando com fatos e coisas referentes aos outros e se descuida de si mesmo.
Descuidando-se de si mesmo a pessoa não percebe o que se passa ao seu redor e, como reflexo disso, pode ter uma anomalia casual que consiste na dificuldade de ver objetos próximos.
Pessoas com esse problema têm tendência a se incomodar com assuntos alheios e com coisas que não lhe dizem respeito. Portanto, mude sua atitude mental para que possa restabelecer a visão das coisas que estão perto. Inteligentemente, busque o equilíbrio entre cuidar dos outros e cuidar de si próprio. Entendeu?

Estrabismo
Muitas crianças nascem estrábicas e seus pais, obviamente, se preocupam em levá-las ao oculista para resolver o problema através de cirurgia ou de correção com lentes próprias. Mas o fator principal que acarretou esse defeito nos nervos oculares da criança é a desarmonia entre seus pais. Quando o casal diverge, rigidamente, de opinião, não admite erros do parceiro e vive uma vida de emoções extremas, causa um reflexo psicológico no subconsciente do filho que está para nascer. Pensamentos cruzados dos pais provocam verdadeira declaração de guerra e isso acaba projetando o estrabismo na criança, como símbolo dos propósitos divergentes dos pais.

A própria criança traz consigo determinadas indecisões que a atormentam. Normalmente, crianças estrábicas são seres muito sensíveis espiritualmente e tanto podem tornar-se pessoas com inteligência acima do padrão normal ou pessoas revoltadas e propensas a serem revolucionárias.

Muitas destas crianças nascem canhotas e percebem a vida de forma diferente das outras. Por isso os pais devem harmonizar-se para que a criança possa canalizar todo seu potencial para um caminho saudável. (…)

O que quero dizer é que a criança, no ventre da mãe, percebe inconscientemente os problemas que estão do lado de fora de seu mundo; sente uma certa impotência e revolta, que fazem com que ela “não queira ver” o que está acontecendo.

Quanto mais você se aceitar e dirigir sua vida, sem se deixar ferir com as opiniões dos outros, colocando atenção num objetivo “seu”, mais rápido seus olhos voltarão ao normal. Acredite!

Presbiopia e arteriosclerose
(…) A dificuldade para ver, com nitidez, objetos próximos é a manifestação da mente aflita e preocupada com o que o futuro lhe reserva. No caso de idosos esta dificuldade reflete a preocupação com os anos que lhes restam nesta existência e a dificuldade em viver plenamente o agora. Eles vivem aflitos tal qual o viajante que, seguindo pela estrada ao entardecer, preocupa-se com o caminho que ainda terá de percorrer. Se essas pessoas deixarem de temer o futuro e passarem a viver, plenamente, o agora, ficarão curadas da presbiopia. A presbiopia é, também, reflexo da mente rígida, ou seja, mente teimosa e intransigente, incapaz de acolher as opiniões dos outros.

(…) A arteriosclerose também é um resultado dessa forma de pensar, pois é conseqüência do endurecimento das artérias que deveriam ser flexíveis.

(…) Você que está sofrendo de presbiopia, lembre-se de viver o agora com mais intensidade e prazer e aprenda que a Natureza nos criou para sermos eternamente jovens. A mente humana, envolvida por acontecimentos desagradáveis, é que se deixa envelhecer, endurecendo seu coração.

Queira ver tudo ao seu redor e não tenha medo do futuro, pois ele será, sempre, o reflexo daquilo que acreditamos.

O desejo, às vezes vaidoso, de usar óculos, para parecer intelectual ou mais importante, aciona qualquer defeito visual para que você tenha, realmente, motivos para usá-los!

Daltonismo
É próprio de pessoas que têm a mente egoísta e cheia de caprichos. É a mente que não consegue acolher com imparcialidade “todas as cores”, que não acolhe com imparcialidade todas as pessoas e todas as coisas.

O daltonismo representa a manifestação da mente rebelde que não aceita os conselhos dos mais velhos ou de autoridades e indica uma pessoa que se irrita por coisas fúteis e passa a implicar com os familiares, amigos, etc.

Olhos Vermelhos
Significam “irritação” com o que você está vendo ao seu redor e que você está convivendo com pessoas que o contrariam e que vivem com padrões de felicidade diferentes dos seus. Você não é obrigado a conviver com aquilo que seu coração não deseja. Aprenda a aceitar a solidão, pois o tempo é o nosso melhor amigo.

Sentimento de revolta contra pessoas mais velhas: patrão, sogro, sogra, pais, marido, esposa, irmãos mais velhos, ou pessoas que ocupam posição mais elevada, provocam doenças que se manifestam na parte superior da cabeça. Você já parou para pensar o quanto você ainda depende deles? Ou o quanto você quer impor-lhes a sua verdade? Ou o quanto você não aceita a verdade das outras pessoas?

Conjuntivite
Significa que você está se frustando ou com a vida em geral, ou com um fato em particular. Tente solucionar essas coisas com paz em seu coração e não com essa raiva embutida. Lute pelos seus ideais de forma amistosa e paciente, acreditando que no tempo certo, você se realizará.

Ouvidos
Se alguém que convive com você o aborrece constantemente, fala o que quer e o que não quer, diz o tempo todo o que você deve fazer, controlando-o, reclama de tudo que você faz, grita no seus ouvidos coisas que o magoam e você perde seu espaço em seu próprio ambiente (ufa!!!), sem dúvida sua mente ficará congestionada de pensamentos como: “Não agüento mais ouvir essa pessoa, não suporto mais suas tolices, não quero mais ouvi-la, etc.” Com isso seu inconsciente entrará em ação para atender o seu pedido e entenderá, literalmente, sua ordem mandando-lhe uma surdez como resposta.

Mesmo que você se afaste definitivamente da pessoa que o irrita, sua mente inconsciente não voltará atrás, pois, para restaurar-lhe a audição, ela precisará de uma outra ordem com a mesma intensidade emocional que a anterior.
(…)
Para isso você deverá ser coerente e sincero consigo mesmo. De nada adiantará uma outra ordem, se nos arquivos de suas emoções estiver registrada a “mágoa de ouvir”. Primeiro aprenda a perdoar. Sejam seus pais, marido, esposa, mãe, patrão, etc. Se você acha que tem razão de sobra, então dê um pouco à pessoa que o magoou.

Nosso cérebro se assemelha a um computador: tudo que for registrado em sua memória permanecerá, até que se mude a programação.

Se a surdez for de nascença, pode ter acontecido que seus pais não queriam “se ouvir” e discutiam teimosamente.

A criança, até tornar-se dona de seu próprios pensamentos, é reflexo dos pais e devido a isto ela é, muitas vezes, vítima da desarmonia existente entre eles. Sabemos entretanto que é no mundo espiritual que a criança faz, inconscientemente, a escolha de seus pais, fundamentada pela semelhança de vibrações. Quando ela se tornar adulta, deverá reconhecer esse fato e buscar compreender a situação, trabalhando seus pensamentos e conduta em direção à cura.

Não há necessidade de criar sentimentos de culpa ou de acusação contra seu cônjuge, pois estamos, exatamente, buscando juntos um caminho de harmonia e de reconciliações. Além do mais, todo sentimento de resistência causa mais distúrbios.

Labirintite
A labirintite significa pensamentos atrapalhados, nervosismo reprimido, o efeito de um golpe emocional, a necessidade de liberdade para pensar e agir, a sensação de falta de amor, sentimento de solidão, dificuldade para expressar-se, estar tonto com tantos problemas emocionais, sentir-se desamparado e teimar em continuar tentando pelos velhos caminhos que nunca deram certo. Pare de tentar achar a saída!

Nariz
O nariz é o símbolo do Eu. Pessoas que sofrem de doenças do nariz têm tendência egocêntrica e presunçosa. Assemelham-se às crianças de até seis anos de idade. Nessa idade, elas não vivem em grupos e, se estão em alguma rodinha de crianças, com certeza estão brincando sozinhas, com seus próprios brinquedos, falando “sozinhas”, e ficam iradas quando se tenta fazê-las participarem de equipe ou aceitar idéias externas às delas.

Os problemas nesta região acontecem quando o indivíduo corre atrás de méritos e ignora opiniões alheias só para não perder os elogios, e quando existe o medo de não ter os seus feitos reconhecidos.

Nesses casos acontece que o seu inconsciente obstrui suas narinas, mostrando-lhe que você não está “respirando” a vida livremente. A obstrução pode ser do tipo pólipo nasal, rinite, sangramento, etc.

O sangramento ocorre também devido aos seus sentimentos de carência relacionados à incompreensão das outras pessoas. O sangramento simboliza ainda que você chegou ao limite de suportar as tristezas de sua vida e tem vontade de chamar a atenção de quem possa ajudá-lo.

Sinusite – Rinite
Sinusite é um sinal de que seu ego está profundamente irritado com alguma pessoa que convive com você. É provável que esta pessoa tente constantemente invadir seu espaço vital.

Sinusite é a “inflamação” mental relacionada com alguém próximo; é a atitude mental rebelde ou a rebeldia nutrida contra os pais.
(….) o nariz representa a nossa sensibilidade quanto à aceitação ou recusa de algo ou de alguém.

Os verdadeiros sábios são aqueles que procuram sempre aprender, ao contrário dos presunçosos, que acreditam saber mais do que os outros.

Para que a sua sinusite desapareça definitivamente, torne a sua mente dócil e receptiva, acolhendo as palavras dos pais ou autoridades, sem opor resistência.

Coriza
Ocorre em pessoas extremamente sensíveis, que acham que só se pode conseguir o que se quer se alguém o permitir. Você, que tem coriza, cresça e pare de sentir-se como criança chorosa e vá à luta. Com lágrimas você não vai a lugar algum. Tenha vontade de criar suas próprias coisas e sentir prazer por elas e com elas.

Boca
Pela boca é que saem os pensamentos em forma de palavras.

Se você é daqueles que dizem palavras rudes, que ferem o coração de outras pessoas, criticam os outros às escondidas, não aceitam novas idéias, são inflexíveis quanto às suas próprias opiniões, são ásperos ao falar e principalmente não reconhecem esse comportamento em si mesmos, então, como projeção de sua conduta, você terá sérios problemas: surgirão aftas, feridas dentro e fora da boca, herpes e outros males que o ferirão assim como suas palavras ferem a outros.

(…)Discipline-se para conversar e perca o hábito de “falar mal” dos outros.

Se sua intenção é a de ajudar, então comece destacando as boas qualidades das pessoas, comentando sobre elas, com elogios. Deixe que o mal desapareça por si só. Quando não damos atenção ao mal, ele torna-se insignificante perto das coisas boas que focamos com nossa visão.

(…)Assim como a boca, o ânus também simboliza a ”saída”. Portanto, o comportamento acima citado provoca fístula anal, hemorróidas, prolapso anal, hemorragia anal, etc.

Garganta
A garganta simboliza a fala. É o canal de saída daquilo que você pensa. Sua expressão e criatividade são reconhecidas através desse canal. Portanto, se algo o impede de falar, se o que você tenta expressar não é compreendido ou o que o incomoda não pode ser dito, saiba que sua garganta responderá com uma inflamação.

As dores de garganta expressam seus sentimentos contrariados. Tudo aquilo que bloqueia a nossa fala e nos obriga a ”engolir sapos”, trará inflamação das amídalas, problemas nas cordas vocais e até silêncio total da voz, simbolizando o pensamento: “Já que não posso falar o que quero, não falo mais”.

Aprenda a livrar-se do medo de falar. Expresse suas opiniões, seus desejos, seus desgostos e crie ao seu redor uma atmosfera de liberdade para viver. Você não é obrigado a fazer o que não quer, portanto, reaja! Liberte de dentro de você aquilo que o incomoda e busque o novo em sua vida.

(…)Diga firme e calmamente o que você pensa sobre tudo e, com certeza, sua garganta ficará totalmente curada.

Tosse
Representa a raiva que “não sai da garganta”.

Se você está vivendo um problema com alguém para quem sua opinião não vale nada, se alguma pessoa o está deixando constantemente furioso e é impossível confessar-lhe essa raiva, ou se você está sendo obrigado a aceitar uma determinada situação contra sua vontade, sua garganta ficará congestionada e sensível.

Os pigarros demonstram a tensão nervosa por estar emocionado com algum acontecimento, sem entretanto poder demonstrar esses sentimentos. O mesmo pode-se dizer das tosses incessantes. Os acontecimentos que desencadeiam tosses ou pigarros são, muitas vezes, sentimentos e pensamentos rápidos e secretos de incômodo relacionado a algum ambiente, assunto ou pessoa.

Em certas ocasiões, o importante é relaxar, respirar e analisar, calmamente, a situação. Enquanto você estiver supervalorizando o acontecimento, suas emoções serão fortes e desequilibradas.

Cabelo –  Calvície
Os cabelos nascem na parte superior da cabeça, que é o ponto mais alto do nosso corpo. A queda de cabelos acontece àqueles que desrespeitam seus superiores, seja por palavras, seja pela conduta ou mesmo porque os ignoram.
(…)
Pessoas que desejam brilhar e se destacar muito têm tendência a se tornarem calvas, pois tornam-se extremamente orgulhosas.

Existem dois fatores muito fortes que causam a calvície: a tendência a controlar tudo (não podendo ser contrariado) e um orgulho fortíssimo que chega a cegar. Há também o caso das pessoas hipersensíveis que se magoam com atitudes, até sutis, de outras pessoas e costumam guardar esse ressentimento no coração por muito tempo ou… para sempre!

Aqueles que vivem inconscientemente sempre se defendendo de ataques imaginários e, como defesa, fazem acionar suas glândulas sebáceas, causam maior oleosidade no couro cabeludo e costumam ser vítimas da calvície.
(…)
Quanto à afirmação de que a calvície é um problema hereditário, o que posso dizer é que o que é transmitido de pai para filho não é o problema em si, mas o temperamento atávico que se desenvolve pela educação. Em outras palavras o que acontece é que o pai traz consigo uma crença que despeja inconscientemente em seu filho, inclusive através de atitudes.
(…)
É cômodo aceitar que a verdade da calvície está na natureza humana.
A natureza humana é perfeita! Nós é que, por falta de conhecimento, agimos na defesa ou no ataque, provocando sérios danos ao nosso organismo.
(…)
No caso de pessoa calva, o ataque acontecerá no alto da cabeça, porque é ali que se encontram os superiores que “atrapalham” o brilho dessa pessoa. Assim, com a queda dos cabelos que simboliza a queda da hierarquia, os poderes pessoais e os agentes químicos terão cumprido a missão de “tirar” do caminho os que estão “acima”.
(…)
Quando os cabelos caem isto é um sinal de que está faltando gratidão pelos pais e superiores e que você questiona tudo que lhe mostram de “novo”.
Quanto à personalidade, você vive, quase sempre, nos extremos da emoção: é dócil mas, de repente, por causa de uma discussão com alguém, ou por ter sido desprezado, torna-se totalmente agressivo. Às vezes tem vontade de quebrar tudo à sua volta e “arrancar” a raiva de seu coração. E sofre com seus próprios pensamentos de vingança e justiça.
(…)
Pare de se preocupar com o que os outros vão pensar e liberte-se desse orgulho, aceitando, com carinho, as opiniões alheias.
(…)
Sempre haverá alguém mais importante do que nós em nossa escala de vida. Somos eternos estudantes e, por isso, devemos ser humildes para valer e aprender a voltar atrás gentilmente, quando errarmos ou acharmos que alguém errou em relação a nós.
(…)
Acredite que, para a força vital fazer renascer seus cabelos, basta abrir as portas do amor infinito e do perdão.
(…)
Use determinadamente a força de sua imaginação e crie um novo EU sem mágoas e com muitos cabelos.
(…)
Confie plenamente em sua capacidade, mas saiba abaixar a cabeça em qualquer circunstância e deixe seu poder espiritual falar por você.
(…)
A pessoa muito orgulhosa além de perder os cabelos ainda fica propensa à arteriosclerose como reflexo da inflexibilidade mental.
(…)
Os grandes sábios escutam os pequenos discípulos, pois é através das perguntas simples que o sábio analisa seu próprio conhecimento.

É gostoso mudar. Mude seu comportamento e seu corpo responderá com saúde. Acredite!

Coluna vertebral
Quando uma criança nasce com problema de coluna ou desvio de vértebras é porque a desarmonia familiar vem de muitas gerações. É o tipo de família que necessita de apoio espiritual e psicológico, pois as estruturas estão cada vez mais abaladas de pai para filho.
(…)
Desvio da coluna significa que a pessoa tem medo de tomar decisões importantes porque teme perder ou magoar alguém. Ela está normalmente lotada de responsabilidades, sendo que a maioria dessas responsabilidades não deveria ser sua. Costuma assumir tarefas dos outros e, com isso, suas costas ficam sobrecarregadas.

(…) essa pessoa tem sempre dúvidas e não confia plenamente no futuro.
(…) sua coluna foi projetada para suportar você, e não o mundo.

Vértebras lombares
A região lombar também significa dificuldade financeira, insegurança quanto ao futuro profissional e insegurança quanto a contas a pagar no futuro.

Outra explicação para os problemas nesta área está ou no bloqueio dos prazeres sexuais ou no seu extremo oposto (abuso sexual).
(…)
As pessoas que não se dobram documente para as outras enrijecem esta região.

Resolvendo os problemas de coluna
Antes de mais nada comece organizando sua residência. É importante você sentir-se bem onde mora. Saiba que as condições em que a sua casa se encontra são um reflexo das condições de seu estado de espírito. Faça uma limpeza geral em seu guardaroupa. Desfaça-se de coisas velhas e sem uso para você.

Reformule seus objetivos sem medo e pergunte-se: “O que gosto mais de fazer?” “É esse o tipo de vida que quero levar?” “O que vou sentir se tomar uma decisão no amor?” “Para onde irei ou o que farei depois das minhas decisões?”. Seja qual for o tipo de decisão que você deva tomar, procure ser objetivo e corajoso. Mude de vida e acabe com essa guerra interna de se achar responsável pela vida das pessoas que convivem com você.

Articulações
As articulações simbolizam a gratidão no relacionamento humano e facilidade para compreender as mudanças obrigatórias no seu rumo. Quanto mais natural e confortador for seu jeito de aceitar a vida com suas atribulações e mudanças repentinas, mais saudáveis serão suas articulações. Quem não sente gratidão e alegria pelas coisas simples, que tanto as outras pessoas quanto a Natureza lhe proporcionam, não reconhece, docilmente, os favores e gentilezas que lhe dedicam e não percebe a grandiosidade de cada gesto, por menor que seja, está sujeito a ter problemas nas articulações, e principalmente na articulação da coxa com o quadril (cabeça do fêmur) que simbolizará a avareza e a mente inflexível e apegada. Portanto, quanto mais você for compreensivo e flexível com as atitudes alheias, melhores e mais livres serão as suas articulações. Articule-se com sabedoria.

Artrite
Representa um coração cheio de críticas e ressentimentos por pessoas que não valorizam seus esforços. Pessoas com esse tipo de inflamação são as que, às vezes, perdem tempo questionando, em pensamentos, os porquês das atitudes das pessoas. Não conseguem sentir que são amadas e geram conflitos de carência.

Cotovelos

Correspondem às surpresas da vida quando precisamos mudar de caminho, mas resistimos porque achamos que ainda não é necessário. A resistência a mudanças e movimentos causada por dúvidas quanto à posição a ser tomada, gera cotovelos rígidos ou inflamados, simbolizando rejeição pelas coisas novas ou, simplesmente, que a pessoa não consegue acreditar que o novo será bom.

Entorses
Acontecem quando a pessoa torna-se teimosa e recusa-se interiormente a seguir uma direção que não lhe agrada, ou quando sente raiva por não poder mudar, de uma vez, determinada situação que a arrasta para caminhos contrários ao que deseja. Significa, também, rigidez de pensamento e confusão mental: a pessoa pensa em muitas coisas ao mesmo tempo, atordoando-se e causando o desequilíbrio, literalmente falando.

Ao se aperceber desse seu estado de espírito, reaja em sentido inverso: acalme-se e pense cuidadosamente na decisão a ser tomada com referência àquilo que o perturba. Assim você evitará surpresas desagradáveis, com tombos ou entorses.

O segredo para não torcer as articulações está na concentração dos pensamentos numa só direção e na desaceleração da ansiedade e do pensamento.

Hérnia de disco
Significa que a pessoa está profundamente indecisa quanto à sua vida. Sente-se totalmente desamparada e seu

Cristina Cairo

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A evolução das terapias

José Claudio Belfort

Paralelamente ao novo campo da medicina holística, surgida na década passada, houve uma mudança correspondente na psicoterapia. O conhecimento crescente da relação intrínseca entre o psicológico e o físico estimulou as pesquisas na área da psicofisiologia. Surgiram novas abordagens terapêuticas que combinam o uso de ferramentas psicológicas e fisiológicas não apenas para curar doenças. mas também para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em resumo, a psicoterapia moderna está se tornando mais voltada para o corpo.

Desde o revolucionário método de psicoterapia usado por Wilhelm Reich. tem havido progresso ininterrupto no sentido da integração do corpo na psicoterapia. Seus conceitos perspicazes sobre a análise do caráter, vegetoterapia e a teoria do orgônio revelaram como o trauma psicológico se aloja no corpo físico formando as couraças musculares (Reich, 1973; 1949). A contribuição de Reich estabeleceu as bases para o desenvolvimento de três novas abordagens psicoterapêuticas. Análise Bioenergética, Terapia Primal e Terapia Gestalt.

A Análise Bioenergética. desenvolvida por John Pierrakos e Alexander Lowen. ambos alunos de Reich. é uma extensão do trabalho do mestre: ela trabalha corpo e mente numa forma elaborada de integração. Esta integração tem efeitos positivos nos problemas emocionais, físicos e psicológicos (Lowen, 1981 ; 1979; 1978). A Terapia Primal, desenvolvida por Arthur Janov. também foi influenciada pelas observações de Reich de que a inibição da respiração estava associada à tensão crônica da musculatura respiratória e à inibição dos sentimentos (Reich. 1942). Assim, a Terapia Primal evoluiu com base na compreensão da importância da respiração para a liberação da tensão e do conflito emocional (Janov, 1970). A Terapia Gestalt desenvolvida por Fritz Perls, cujo analista foi Wilhem Reich. é uma decorrência da análise de personalidade concebida por Reich, e tem contribuído muito para a expansão dos métodos psicoterapêuticos em direção a uma abordagem mais global do ser humano como um todo. Encarando o indivíduo não como uma personalidade fragmentada, mas como alguém cujas partes do “quebra cabeça” estão dentro de si mesmo, necessitando apenas de orientação para que se organizem formando um quadro íntegro e perfeito (Perls, 1980).

Outras terapias que também estão voltadas para uma visão mais holística do ser humano, combinando os aspectos físicos e psicológicos, são: Psicoterapia Centrada no Corpo. Psicosíntese e Psicodrama.

A Terapia Centrada no Corpo é um método criado por Ron Kurtz, co-autor do livro The BodyReveals-An Illustrated Guide to the Psychology of the Body (Prestera e Kurtz, 1976). Kurtz também foi influenciado pelas teorias de Reich. Em seu trabalho, ele leva em consideração tanto a influência do corpo na estruturação psicológica quanto as influências psicológicas no funcionamento físico. No livro The Body Reveals, escrito junto com Hector Prestera. ele explora a natureza da linguagem corporal; a postura física revela os processos mentais, a história emocional e os sentimentos mais profundos de cada pessoa. Ele também explora a possibilidade de alterar antigos padrões físicos de condicionamento que ajudam a ativar continuamente processos psicológicos. Em seu método de Terapia Centrada no Corpo, que é uma tentativa de divulgar os fundamentos do seu trabalho desenvolvido até aquele momento e baseados no processo de atingir a totalidade, ele afirma:


“…caráter, personalidade é o sistema de crenças profundamente estabelecidas que fixa os padrões de comportamento, não é apenas o resultado da interação com outras pessoas significativas, mas da interação entre aspectos psicológicos e pré-disposições genéticas de temperamento, metabólicas e físicas que contribuem para a definição de características psicológicas. Corpo e mente interagem para moldar-se reciprocamente.” (Kurtz, 1981)

A Psicosíntese de Roberto Assagioli é um processo que tenta integrar a psicoterapia como um todo. O nome já revela claramente a proposta de Assagioli. Em seu método, o valor do indivíduo e seu potencial para o crescimento são enfatizados. Do ponto de vista de Assagioli, os princípios e métodos da psicosíntese transcendem o contexto terapêutico; eles vão mais longe e podem ser aplicados a outros campos como o da prevenção de doenças e educação para a saúde. ou o das relações interpessoais e grupais, que precisam ser ajustadas e harmonizadas (Assagioli, 1981).

O Psicodrama. desenvolvido por Jacob Moreno, é uma outra tentativa de usar o corpo como um instrumento psicoterapêutico. Neste processo, a dramatização de experiências passadas ajuda a pessoa a esclarecer questões que tenham sido reprimidas ou ignoradas, permitindo que o problema seja analisado (Moreno, 1953).

Já vimos anteriormente que o contato físico, seja ele o toque, o abraço ou a massagem, tem servido de instrumento na reabilitação de pacientes que sofrem de doenças mentais. Repassamos também a afirmação de Reich de que as experiências traumáticas são codificadas na memória celular, criando o que ele chamou de armaduras ou couraças musculares. Baseada nesta teoria, Ida Rolf, no seu trabalho sobre Integração Estrutural (1975), descobriu que enquanto recebiam tratamentos de deep tissue (massagem profunda), muitos de seus clientes tinham experiências emocionais e psicológicas de antigas recordações que não estavam mais presentes na mente consciente. Isto era decorrente de dissolução das couraças que haviam sido criadas no passado por traumas psicológicos e emocionais. A mesma inter-relação entre corpo e mente foi observada através de outras modalidades de trabalho corporal tais como: Técnica de Alexander, desenvolvida por F.M. Alexander (1918: 1980); Consciência pelo Movimento, de M. Feldenkrais (1981 ) e Terapia Centrada no Corpo, de Ron Kurtz (1976).

As novas terapias corporais sugerem que o processo de recuperação da saúde e do equilíbrio no organismo das pessoas não pode mais ser reduzido a um único método psicoterapêutico ou fisioterapêutico. O homem é um ser muito mais complexo, que afeta e é afetado por uma série de fatores, todos desempenhando um papel importante no estabelecimento da saúde ou da doença.

Os psicólogos humanistas também influenciaram nos rumos da psicoterapia. Citando Maslow:


“As psicologias humanistas, as novas psicologias transcendentes, a existencial, a Rogeriana, a experimental, a holística, as de valorização do ser, todas florescem e estão disponíveis, pelo menos nos Estados Unidos, embora, infelizmente, não estejam nos departamentos de psicologia” (Maslow. 1970).

O crescimento e o autoconhecimento se tornam o principal objetivo, e a terapia é vista como um instrumento útil que facilita o desabrochar e a integração do indivíduo. As psicologias humanistas reconhecem o corpo como uma parte integrante da saúde total, e enfatizam a importância da unidade, da plenitude. da autorealização, da totalidade e da individualidade.

Superar o conformismo e a representação de papéis necessários para que o indivíduo funcione em sociedade é uma importante parte do processo nas novas terapias. O cidadão bem condicionado, cujo comportamento e conduta se ajustam perfeitamente aos códigos morais da sociedade não é exatamente o modelo que o terapeuta está tentando atingir. Como disse Fritz Perls:


“Em terapia nós não temos apenas que acabar com o “role playing”. É preciso preencher as lacunas na personalidade para tornar a pessoa íntegra e completa novamente” (Perls, 1980).

A ênfase está em desenvolver a plenitude e a liberdade. Alguns dos mais recentes métodos e técnicas psicoterapêuticas usam recursos de expressão emocional com base na hipótese de que a sistemática repressão das emoções acaba por trazer problemas funcionais. Alguns processos, como a Análise Transacional e os Grupos de Encounter, realizam “Maratonas Emocionais” que oferecem a possibilidade de fazer aparecer a “criança livre”, permitindo assim, a análise do argumento vital (Gleitman, 1981 ). No Psicodrama, por exemplo, as emoções reprimidas são expressas no diálogo com o “Ego Auxiliar”. A dinâmica das emoções é rapidamente interpretada assim que elas aparecem em cena, para permitir ao participante entender e aprender a reagir melhor em situações futuras (Moreno 1953). Da mesma forma, exercícios de bioenergética ou de terapia de grupo incentivam a intensa manifestação de emoções do tipo raiva, frustração e fúria, através de surras dadas nos travesseiros, insultos aos membros do grupo ou destruição de objetos (Lowen, 1977; 1981).

A hipótese de que a expressão frequente das emoções seja terapêutica ainda é controversa. Segundo Charles Darwin:


“A livre expressão, através de manifestações externas, de uma emoção costuma intensificá-la … Quem se permitir gestos violentos apenas aumentará sua fúria: quem não controla os sinais de medo ficará profundamente assustado… (Darwin. 1872).

E aqui nós descobrimos que as leis do reforço no aprendizado se aplicam ao campo emocional. Uma pessoa que manifesta com frequência a sua raiva, sente um alívio temporário. mas pode ter cada vez mais raiva.

Estimular a produção de emoções em situações imaginárias pode resultar em ficção, uma ação teatral que se realiza no campo da fantasia. Este tipo de expressão emocional é puramente baseado num comportamento e não tem a vitalidade e a coerência das experiências integradas de vida em situações reais, indivíduo saudável expressa suas emoções na vida do dia-a-dia enquanto que o doente as reprime, dissimula ou esconde, isto quando não as descarrega sobre vítimas inocentes. Quando a pessoa tem a espontaneidade e a sinceridade para responder a uma situação real de maneira adequada, sabe-se que ela é saudável. Quando expressamos uma emoção nós não nos livramos dela; pelo contrário, a descarga emocional quando cultivada freqüentemente é reforçada. Da mesma forma que aprendemos a cultivar sentimentos de raiva, medo, tristeza, etc.. podemos despertar os sentimentos de afeição, confiança, força-fé, gratidão e amor. Assim, as emoções podem ser patologicamente reprimidas; teatralizados no campo de fantasia ou expressas de forma saudável onde o estímulo de situação vivida no nível psicológico integra a emoções, sensações físicas e suas expressões coerentemente.

Atualmente parece que as ciências humanas acabam de fechar um círculo completo na compreensão da relação entre os processos fisiológicos e psicológicos. Médicos e filósofos da antiguidade até a Era do Iluminismo reconheciam a unidade do ser físico, mental e espiritual. A partir daí, surgiu um modelo com a separação entre corpo e mente, que estamos novamente repensando, com a percepção e o reconhecimento de um “caminho de mão dupla entre o cérebro e o resto do corpo com suas infinitas possibilidades e formas de manifestações” (Timbergen, 1974). A visão da terapia precisa ser reavaliada como uma unidade de tratamento integrada.

Terapia de BioIntegração – José Claudio Belfort